De volta a Sala Vaga, vagando lá vai o poeta
Entra calmo, assustado, eu uma pressa sutil
Sem saber o que encontrar nessas paredes
Que contem um santuário de pecados e idéias
Idéias inacabadas, incompletas, deformadas
Formadas pelo caos de uma mente limitada, sem
Limites para o imaginar na cega busca do realizar
Ao entrar, me deparo com uma bela monstruosa
E inocente visão: “Querida quimera do meu coração
Quem melhor para guardar meu profundo vazio que
Três cabeças com as mentes limitadas iguais a minha
Capacidade em três de desespero, medo e ansiedade
Este é o fiel Guardião das infiéis lembranças brancas
Brandas, que lentamente respiram, enfim, sobrevivem
Calma! Só vim buscar aquilo que não anseio em achar
A rosa com suas pétalas, se não me engano agora são...
Não sei. Nunca soube, por exato, daquilo que, de fato,
Possui as desgraçadas das mais queridas horas do meu
Amor por amar, memória essa que fujo, mas sempre a
Encontro, em um conto, um poema, um choro, um rosto
Para mais uma vez te redescobrir: minha quase obra de arte
Pode ser que dure mil ou nenhuma pétalas, mas enquanto erro acerto e filosofo
Buscarei sempre te roubar de mim, ó quadro, até o fim para que, enfim, eu me cale...
Nenhum comentário:
Postar um comentário